sábado, abril 14

Idas e Voltas ao passado

Quanta saudade... Nunca mais escrevi para esse blog! Aqui vai mais um devaneio! Make yourself at home... E todo seu, pode chegar e se deliciar com a leitura e ler sem compromisso algum com o tempo ou comigo. ;-)
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Hoje eu estava admirando o tempo antigo, sem entender bem o porquê de tanto encantamento pelo que passou... Eu e minhas dúvidas, sempre! Acho que elas me movem...

O antigo é simplesmente fantástico, acho que porque a gente nunca mais vai poder interferir nele, desse jeito no passado ficam todos aqueles devaneios, sempre aquela sensação do “e se tivesse acontecido de outra maneira”.

 Mas, hoje o que me encanta mesmo são todos aqueles tempo que eu não vivi... a beleza do surgimento do bossa nova, o surgimento da fotografia. Fico imaginando o quanto especial foi alguém que pensou em gravar momentos em papeis para se eterniza-los, como se tudo realmente pudesse ser eterno...

Penso naquela época do feudalismo, as capitanias, como é que as pessoas aguentavam sobreviver com tamanha precariedade, se bem que acho que se hoje eles tivessem vendo a nossa realidade diriam que estávamos precários em tantos aspectos... Mas deixa isso para lá...

Encantam-me lembrar dos poetas do romantismo, eles eram tão apaixonados quanto jovens, e, sabiam que ia morrer cedo, mas se entregavam de corpo e alma. Acho que eles tinham respostas para suas duvidas, ou não... Já que, repito, as dúvidas são sempre o que movem o mundo...

Vinicius de Moraes e Tom Jobim quanta malandragem, de veras queria tê-los conhecido, quiçá me apaixonar por um deles e viver um grande amor tão reprimido quanto sua época... Naquele tempo nada era permito e tudo era construído, sinceramente não acho que as pessoas eram mais lutadoras ou inteligentes, mas acho que eram as que faziam mais barulho... E que barulho sonoro maravilhoso...

Ah, a doce e amarga Clarice Lispector, sempre com suas duvidas revestidas de certeza, quem a lê consegue perceber pelas entrelinhas o quanto a dúvida e a busca por saber, por ser e por viver foi constante em seus escritos...

Continuo fascinada pelas coisas de antigamente, a luxúria camuflada em inocência, pois, tudo era realizado da maneira que hoje, mas tinha um quê de pureza... Acho que sofreria muito se vivesse naquela época, mas com certeza seria um sofrimento bastante divertido.

O bondinho, a impossibilidade de voar, o golpe militar quantas influencias culturais para mover o mundo. A bancarrota de 1929, o mundo extasiado por estar em uma crise que parecia o fim do mundo, pois é caro amigo leitor o mundo não se acabou... E, sinceramente, creio que não se acabará. Não  para todo mundo, não da forma que prejulgam.

Mas que havia um quê de mistério e de magia naqueles tempos, ah, isso havia... Não queria estar lá. Não queria viver todas as dúvidas impostas pela igreja, pela religião. Mas, queria ter a oportunidade de passear por todo aquele tempo como expectadora para me deliciar com a graciosa arte da observação. Cada sorriso por uma nova descoberta. Cada frustração por uma tentativa que poderia ter dado certo.

Andar por entre becos e ruas e perceber a escuridão que sanaria todos os medos supérfluos do escuro. Seria uma viagem maravilhosa. E Seria mais maravilhosa ainda por ser apenas uma viagem. Por eu poder voltar e viver nesse mundo louco do presente ou futuro, porque tudo dependeria de um ponto de vista. Meia noite em paris ou meio dia em João Pessoa. O passado e o presente-futuro caminhado de mãos dadas. Que delícia. Não?

É o que tenho a dizer, repleta de sonhos e duvidas com o passado, é maravilhoso pode olhar para o mundo com a certeza de que estamos no tempo e no lugar correto. Mas que o passado me encanta e que uma viagem a ele seria como visitar um museu itinerante, simplesmente fantástico... Doces e repletas e mágicos momentos vividos, tão encantadores por morar em nosso imaginário e não poder mais voltar... Como é bom devanear...

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