sexta-feira, dezembro 30

Anonimato

Eis a poesia que foi classificada no prêmio poetize 2012!  Espero que gostem!
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Anonimato

Quem ousaria transitar com tamanha suavidade

Entre o sim e o não?
Emprestar aos seres o quê de mistério
Para assim desvendar castelos com exatidão?


Quem perderia qualquer pudor em demonstrar idéias
E lutar por ideais, mesmo ínfimos e fugazes
Com a presteza de que o amanhã se definiria?

Quem estaria sempre opinando, burlando, ludibriando
Os corações repletos de ternura e dúvidas dos amantes.


O silêncio do anonimato...
Ah, o senhor da razão, da coragem e do medo
A dualidade de ser sem ser
A segurança burlesca que priva sentimentos e sensações
Que permite uma plenitude fria e vazia
Pautada na covardia do anônimo herói


E porque não contemplar a tolice de reinventar
Os Sonhos anônimos de outrora...

quinta-feira, junho 30

Coisas de Aline

Que eu gosto de escrever nao é novidade, mas hoje fui inundanda por uma alegria imensa de ser Aline.. E como já escrevi para muitas pessoas nessa vida. Fiz o primeiro poema em minha homenagem! Não é egocentrismo, é amor mesmo!  Entra nessa loucura comigo, vai?!   

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Coisas de Aline
                         Coisas de Mulher



O toque suave no vento
A dúvida certeira no olhar
Um dom de se revirar em contentamento
À espera e a encantar

Palavras! Doces tormentos
Frio, calor, aventura
Um misto de anseios
Um quê voltado à loucura

A liberdade de ser mulher
Com independência de seduzir
A paixão como voracidade dos desejos
O amor!
É o saber em tropeço
E a luz que abrilhanta com frescor

Quem nuca suspirou por uma graciosa menina?
Quem nunca sonhou com o mistério da mulher?

Sou a menina nos esquadros da vida
A mulher sucumbindo à voluptuosidade
Brincando com a harmonia do dia
E na magia da noite
É o meu jeito...
Completo
Audaz e singelo
É o meu jeito Aline de ser.

quarta-feira, junho 29

Aquilo que Incendeia em vida

Estava eu velejando por mares literários, quando encontrei uma nova modalidade de poesia... O poetrix, de origem baiana. O que chamou minha atenção é a nuance no dizer sem falar, na mensagem subliminar que se consegue exprimir. E na total falta de subestimar a capacidade do leitor. Pois bem... Meu primeiro poetrix para vocês.
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Aquilo que Incendia em vida

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En-cantos

                                                                     (H)á-Braços


Pro-fundos
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quarta-feira, junho 8

Um toque musical

 

A arte imitando a delicadeza da vida

Num pulsar profundo equilibrista

Olhos profundos, olhares superficiais

Toques sutis, agudos, graves…

 

A musicalidade do dom

Do sorrir, do sorver, do reexistir

A doçura a alegria encantada com a melodia

o som do silencio

A música da alma, a arte da vida

 

E …

como não se apaixonar ?

E por que não se apaixonar ?

É o êxtase da vida

A essência do nada

A esperança do tudo!

A arte ?

É o  artista!!

sábado, março 26

Reduto do nada

Não sei bem por onde começar, na verdade não sei se deveria começar. Porque escrever sempre incita um sentimento a cumprir, uma responsabilidade que se deve ter ao deixar a mente passear pelo castelo das idéias, sempre alguém espera por algo. Espera sair melhor do que começou, espera a edificação de algum momento, ou a aquisição de uma nova idéia. E se simplesmente a idéia não mudar? E se a leitura de um texto for simplesmente o delinear dos olhos em busca de novos horizontes, de novas duvidas, e, finalmente chegar-se ao Nada?

Nada, tudo, claro, escuro- compostos, expostos e complementares. Talvez ao entender o nada terminemos por compreender o tudo, a vida parece ser assim, em momentos distintos pensamos estar comovidos com tamanha felicidade, e, não pela efemeridade, tampouco pela inconstância humana, tudo se vai. Acaba. O silencio inunda a alma, e faz refletir em palavras doces de vida, ou seriam doces palavras de vida. Não sei bem a que certo ponto deveria chegar. Na realidade não sei bem se deveria chegar a algum lugar. Cansei.

Talvez a resposta seja viver! Viver incita movimento. Mas também calmaria, equilíbrio e compreensão. Alguns relutam as loucuras do mundo. Não que a loucura seja patológica, na realidade viver em um ambiente paralelo parece ser a solução. Quem de fato consegue ser mais feliz. Quem consegue expressar mais um sentimento, e, para que se expressar? A vida é expressividade? É compaixão? Ternura, ou terna loucura? Por que viver dói? Por que a alegria machuca? Por que a Morte Liberta? E qual a finalidade de ser livre?

Acreditar em objetivos é ser o próprio objetivo, ou apenas ter em mente um modo de fazer aparecer o melhor que há em você em prol de um bem comum? E qual o problema em ser bom?! Aparentemente as pessoas clamam por bondade, mas não reconhecem o real sentindo desse sentido comportamento. Mas o que é real? É o fato.

A liberdade poética me permite escrever sem regras gramaticais, e quem permite a vida escrever em doces lábios de cetim? E seria útil escrever apenas para não dizer nada. Apenas para brincar de ser... E no final se nada tiver acrescido á vida, será uma prova que o existir já é um motivo suficientemente grande para ser feliz!

quarta-feira, março 9

Quantos seres há?



Algumas reflexões embriogênicas acerca do que é ser humano.  Estou me inserindo no mundo apaixonante da psiquiatria.
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Há quem passe pelo mundo e não se aperceba das grandiosidades que o evoluir dos tempos proporciona.

Há quem olhe para o mundo e veja tudo cinzento, ou monofônico. Há aqueles que vivem a espera de um milagre, que esperam a ação, aqueles que por tamanha alegria e compaixão, se enganam com uma pseudofelicidade e estatizam diante da vida...

Há quem viva lutando na busca incessante do autoconhecimento, que cai, levanta e não se espanta com as loucuras do seu jeito, que choram por se acharem fracos diante dos obstaculos ou se sentem perplexo por perceberem a dimensão do amor que há em ser a diferença...

Há quem perceba o tom da vida e mescle o olhar dos ávidos, a paciência dos estáticos e a força dos dinâmicos...

Há quem simplesmente existe... Numa incomensurável dúvida em ser o possível. Psicopatia? Psico apatia? Que diagnóstico diferencial seria dado á vida??

Há desperdicio. Há gente. Há mente, há braços...




domingo, fevereiro 27

Até quando?

Um momento pra sempre chamado de terno
Ternura ...
Até quando seguir os passos?
Procurar na imensidão a profundidade de um olhar
Deliciar na música a esperteza do sonhar

Ate quando?
Ludibriar a mente com a saudade que faz sonhar
Amar sem limites a profundidade do pensar
E buscar o adeus, nas desventuras do encantar

Até quando?!
Insisir nas alegrias de sentir o teu ar
O meu, o teu ? O  simples ar ...

Até quando sonhar sem medidas com a busca maciça do delinear?
Até quando vibrar? Até quando cansar? Até quando cantar?

Até quando o mar, o amar,
Oh mar!
Até quando?

Na medida que as luzes reluzirem
Que o céu tornar-se mais colorido e que a vida mostrar a leveza
A espera...
A certeza de ser a vitória do ontem, do outrora , do amanhã
No entender as manhãs, o luar, o encantamento

Até quando  não amar?
Até o dia parecer mais singelo,
Até o mundo se tornar algo parecido com felicidade...
A Felicidade da EternaIdade...

domingo, janeiro 23

Vôou?

Não,
Não vou dizer adeus
Vou olhar por entre as sombras do mundo
E gritar um até logo
Um delicioso até logo para as lembranças da vida


Vou saudar com amor e felicidade a chegada da dúvida
Sorrir com o toque saudoso da certeza
Quem sabe me abraçar com a ousadia do questionamento?
Caminhando, passo a passo com a força da Fraternidade


Quero sentir a força do amor
O pulsar efêmero do medo...
Medo de mudar, medo de calar, medo de ousar...
Vou dizer adeus ao medo de ter medo



Vou aprender, cantar, orar, pular, dançar
Sentindo os sinuosos movimentos dos sons
Livres como uma brisa, doces como um arco-íris



Vou gargalhar com olhares
E sentir o corpo arrepiar de tanta fidelidade
Vou desbravar o mundo, entender o âmago de cada artista
De cada escritor, de cada criança da vida
Vou buscar o infinito me encantando por cada dedilhar da viagem
Vou à busca de aprimoramento,
Vou perseguir a mudança
E ter um romance com a possibilidade de sonhar



Vou seguir lutando, amando, sorrindo, caindo
Vou seguindo, vou curtindo
Vou vivendo,
Apenas vou... voou.